sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Primeira fase do Projeto de Aperfeiçoamento e Integração de Controle Interno do Sistema está quase concluída

Escrito por Fernanda Fernandes, em 23/12/2011, para Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA

Ontem, uma equipe composta pelo controlador do Confea, Fernando Nascimento, controlador do Crea-RJ, Jean Charles, controlador do Crea-GO, Luciano Fleury, pela auxiliar da controladoria do Crea-GO, Faustiana César Santiago, e pelo gerente de recursos humanos do Crea-GO, Wanderley Ribeiro, visitou a sede do Confea para coletar dados de gestão do Órgão. De acordo com Fernando Nascimento, desde outubro estão sendo recolhidas “boas práticas de gestão e controle interno” de cada regional e da Mútua. “Falta apenas a visita ao Crea-RR que realizaremos na próxima segunda-feira (26)”. Nas visitas, estão sendo analisadas informações como definição de cargos e tarefas, a existência de planejamentos estratégicos e instrumentos para colocá-los em prática, indicadores de qualidade e desempenho, entre outros. “Estamos olhando, também, se os Creas têm uma política de divulgação de informações públicas e, caso não tenham, o que é preciso para que isso seja adotado”, ressalta Fernando.

As visitas fazem parte da primeira fase do Projeto de Aperfeiçoamento e Integração de Controle Interno do Sistema Confea/Crea e Mútua, aprovado no dia 26 de setembro de 2011, pelo Plenário. De acordo com Fernando, os pontos fortes de cada regional, da Mútua e do Confea servirão como base para consolidar diretrizes para a criação de um Manual de Controle Interno do Sistema e Curso Prático de Controle Interno, programado para acontecer em maio do ano que vem, quando se inicia a segunda fase do Projeto.

Fernando Nascimento atenta para a necessidade de se usar a tecnologia a serviço de um bom resultado de desempenho. “Por exemplo, muitos Creas ainda não têm um sistema de suporte básico para atividades de rotina, enquanto um outro tem um programa para concessão de uso de veículos”, explica. Outro exemplo citado pelo controlador foi o “excelente monitoramento de ligações telefônicas do Crea-MG”. Ainda segundo ele, hoje, muitos Creas e o Confea utilizam um sistema denominado Implanta que “facilita a parte contábil e de patrimônio”, conta. “Isso tudo será usado como exemplo para que todos os Creas adotem as mesmas medidas. São práticas que facilitarão o controle interno do Sistema”, finalizou.

Para, Luciano Fleury, controlador interno do Crea-GO, o controle é uma questão de vivência da atividade que compete ao Sistema. “Quando o perdemos, estamos permitindo ações que não dizem respeito à função do Órgão”, afirma. Luciano conta que, a partir desse controle, é possível mensurar o exercício dentro do Sistema. “Dessa forma podemos exigir ou corrigir questões que não estiverem bem definidas”, explica.

Já o controlador interno do Crea-RJ, Jean Charles, ressalta que a iniciativa trará mais transparência, qualidade de trabalho, integração e economia para o Sistema Confea/Crea e Mútua.

Fernanda Fernandes
Assessoria de Comunicação do Confea

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Entidades Nacionais discutem importância de patentes

Escrito por Fernanda Fernandes, em 06/12/2011, para Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA

Hoje pela manhã, integrantes do Colégio de Entidades Nacionais - Cden receberam dois palestrantes do Instituto Nacional de Propriedade Industrial – Inpi que, a convite do colegiado, falaram sobre a importância das patentes para o desenvolvimento tecnológico do Brasil. O examinador de patentes, Rockfeller Maciel Peçanha, explicou que toda concessão de patente é temporária, variando por um período de 15 a 20 anos, de acordo com o modelo de utilidade do produto. “Durante esse tempo o inventor tem todos os direitos comerciais sobre o produto e pode assim ter um retorno pelo seu esforço intelectual”, afirmou.

A lei que regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial é a nº 9.279/1996. De acordo com ela, mesmo o produto ainda estando no período de concessão de patente, pode ser usado para pesquisas. “Inclusive podem ser apresentadas melhorias, que passam por uma analise técnica, e caso sejam relevantes, podem ser patenteadas separadamente desde que se paguem os royalties ao criador 'inicial'", explicou Rockfeller. Para o assistente técnico, Vagner Luiz Latsch, que também palestrou na ocasião, é nesse sentido que a patente se faz uma ferramenta importante para o desenvolvimento tecnológico do país. “Pesquisando a partir de patentes os inventores não precisam começar do zero”, ressaltou.

De acordo com os palestrantes, no Brasil, o inventor tem um prazo de até doze meses, após a divulgação do produto, para realizar o depósito de pedido de patente ao Inpi, cujo valor varia de R$80 a R$200. No Japão, este prazo é de seis meses, e em alguns países da Europa nem existe, a patente é de ‘quem chegar primeiro’. Após o fim do período da patente, o produto passa a ser de domínio público, e o criador não tem mais direitos exclusivos, de nenhuma espécie, sobre o produto. Eles ressaltam ainda que, no país, obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas, ou quaisquer criações estéticas, além de programas de computadores não são patenteados e sim protegidos por direitos de autoria, que fazem parte de outra lei especifica, a nº 9.610/1998.

O Inpi defende a criação de um deposito mundial de pedidos, já que hoje, conforme contou Rockfeller, é feito apenas em nível territorial. “Quando alguém vai patentear uma invenção em outros países, não é feita uma busca mundial, para ver se aquele item já foi criado em outro país. O pedido vai para analise, o que pode durar anos”, explica Rockfeller. Existe hoje a proposta do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes – PCT, no qual seria feito um deposito internacional na Organização Mundial da Propriedade Intelectual - OMPI, no valor de um mil reais, e poderia valer para até 142 países. Segundo o tratado, seriam concedidos 30 meses para que o autor pudesse analisar, por exemplo, quais os países seriam interessantes para sua invenção e escolhesse qual país faria a analise do produto.

No Brasil, de 1990 até 2010, o numero de pedidos de patentes aumentou de cinco para vinte e cinco mil, ao ano. Os estados que mais registraram patentes foram: São Paulo (45,2%), Rio Grande do Sul (11,7%), Santa Catarina (11,1%), Minas Gerais (10,2%), Paraná (10,2%) e Rio de Janeiro (4,6%), somando um total de 93% somente nas regiões sul e sudeste do país. Para Vagner, “seria bom que fosse mais uniforme", mas, é preciso deixar claro que isso não se refere ao desenvolvimento tecnológico de cada estado, apenas aos registros de patentes, pois, "é possível que muitos desses produtos não sejam produzidos”.

Fernanda Fernandes
Assessoria de Comunicação Social

domingo, 23 de outubro de 2011

Confea/Crea realiza fiscalização nacional de obras da Copa no fim deste mês

Escrito por Fernanda Fernandes, em 10/10/2011, para Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA

Um Plano de Ação nacional de fiscalização nos empreendimentos relacionados à Copa do Mundo de 2014 foi elaborado e aprovado na última sexta-feira, 7/10, durante reunião entre a equipe do projeto Fiscalização do Exercício Profissional, do Confea, e os 12 Creas cujas capitais sediarão os jogos. De acordo com o Plano, o objetivo da ação é garantir que sejam atendidas as exigências legais e a legislação do Sistema Confea/Crea. A ação dá continuidade aos debates realizados nas 12 audiências públicas Confea/Crea em Campo, que ocorreram nas cidades sede entre os meses de março e agosto deste ano.

Ainda de acordo com o plano, a prioridade da ação é verificar Anotações de Responsabilidade Técnica, registro de profissionais e empresas e registro de profissionais estrangeiros que estejam envolvidos com as obras. No entanto, a fiscalização não se limitará aos documentos. Durante a reunião, os representantes do Creas elaboraram um check list de fiscalização que deverão ser utilizados pelos fiscais durante as visitas aos grandes empreendimentos relacionados à copa, como rodovias, arenas, portos, etc. Para os aeroportos há um check list específico.

Além das relações de profissionais e empresas envolvidas - exigindo as devidas ARTs e outros documentos como projetos básico e executivo e estudo de licenciamento ambiental – a check list exige verificação das condições da drenagem, do gerador, da vigilância eletrônica, de instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias, da estação de tratamento de água e esgoto, dos portões automáticos e interfones, da energia solar, da central de ar-condicionado, do para-raios, das escadas rolantes, da irrigação, da engenharia de segurança do trabalho, da impermeabilização, das estruturas metálicas, entre outros inúmeros fatores relacionados às profissões do Sistema Confea/Crea. No total, são 42 itens no check list de fiscalização de obras, serviços e equipamentos de grandes empreendimentos.

Após a ação, cada regional fará um relatório de fiscalização e todos serão compilados pela equipe do Projeto Fiscalização do Confea para um relatório nacional final. O Plano de Ação também prevê que, durante a fiscalização, seja criado um cadastro específico dos empreendimentos da Copa, que fornecerá o histórico das visitas já realizadas e ARTs e notificações já emitidas.

Para o gerente de fiscalização do Crea-BA, Wilson Jucá, a ação integrada é uma oportunidade de trocar experiências e chegar a um padrão operacional cada vez mais adequado. “A gente troca ideia com o colega de outro estado, que já passou por grandes experiências na sua região e está em um estágio mais evoluído e eficaz”, disse. “Até mesmo os Creas mais experientes em grandes obras podem absorver novas experiências”, completou. 

O superintendente de operações especiais de fiscalização do Crea-SP, Ademir Alves do Amaral, ressaltou que sempre foi discutida a padronização da fiscalização no Sistema Confea/Crea, com intuito de desenvolver uma forma de fiscalização mais produtiva. Para ele, os debates  e  as visitas técnicas às obras da Copa no Rio de Janeiro, que já  tem  experiência  com os Jogos Panamericanos, são muito importantes. “É uma maneira de os Regionais envolvidos com o processo da Copa adotarem uma sistematização na hora de fiscalizar as obras”, concluiu.

Beatriz Leal e Fernanda Fernandes
Assessoria de Comunicação do Confea

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Cidade Colaborativa na reta final

Escrito por Fernanda Fernandes, em 01/09/2011, para Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA

Um espaço de discussão em plataforma de rede social, sobre planejamento e sustentabilidade urbana, e ordenamento territorial. Esta é a Cidade Colaborativa lançada pelo Sistema Confea/Crea no dia 11 de dezembro de 2010.

Até hoje, o projeto conta com 733 participantes ativos em todas as fases, 730 ideias enviadas, 1.424 comentários e 3.146 avaliações. A Cidade estará completa e será inaugurada, em 3D, na 68ª Semana Oficial da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia – Soeaa, que acontece entre os dias 26 e 30 de setembro.

Amanda Marques, estudante de Engenharia Civil da Escola Politécnica de Pernambuco, é a participante mais ativa, com 35 ideias e 354 comentários.  No projeto desde o começo, ela lembra que buscava algo que servisse como base para elaborar suas ideias, quando descobriu a Cidade Colaborativa.

“Comecei a pesquisar sobre os problemas que afetam o mundo e tentar solucionar da minha maneira. Acredito que, assim como eu, todos os participantes tomaram o projeto como um instrumento para expressar a vontade de tornar o mundo mais sustentável e acessível. E deu certo!”

Desde o lançamento da primeira fase da Cidade em 3D até agora, o numero de participantes aumentou de maneira surpreendente. “Creche com integração acompanhada com o Lar dos Velhinhos”, “Transporte Público”, “Viajando com segurança e eficiência” e “Incentivo a utilização de bicicletas” foram apenas algumas das ideias enviadas. Todas foram analisadas e escolhidas pelo Confea e, a partir disso, construídas em 3D. “É muito gratificante você ver a sua ideia construída com riqueza de detalhes. É visível o cuidado que tiveram para construir exatamente o que foi descrito”, disse Amanda.

Sobre como a Cidade Colaborativa poderia vir a se tornar real, afirmou que “os primeiros tijolos já foram colocados, a cidade virtual foi construída com propostas viáveis, vindas de cada canto do país, e prontas para servir de base para qualquer projeto. São soluções prontas para sair do papel”.

A Cidade Colaborativa, mesmo pronta, continuará aberta para comentários e novos participantes. Para mais informações acesse www.cidadecolaborativaconfea.com.br.

Redes Sociais
Além da Cidade Colaborativa, o Confea também tem buscado aumentar o contato com os profissionais e com a sociedade ampliando sua participação nas redes sociais. O Conselho Federal está, hoje, no Twitter, Facebook, Orkut e Linkedin.

No Twitter, o Confea tem, hoje, cerca de 2.039 seguidores que buscam acompanhar diariamente informações e novidades relacionadas às suas profissões. No Facebook, mais de 1500 pessoas curtem o perfil da organização. No Twitter, o Confea é @confeacrea e no Facebook, Confeacrea. Acompanhe!

Fernanda Fernandes
Assessoria de Comunicação do Confea

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Seminário de Ética reúne profissionais e estudantes na sede do Crea-DF

Escrito por Fernanda Fernandes, em 24/08/2011, para Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA

Na última segunda-feira, 22 de agosto, aconteceu na sede do Crea-DF, o seminário do projeto Ética das Profissões, com o tema Cidadania, Ética e Sustentabilidade. O evento reuniu profissionais e estudantes de diversas cidades. Para o coordenador do Projeto Ética Profissional, Edison Macedo, o Seminário foi um sucesso. “Foram mais de cem inscrições e essa frequência manteve-se do início ao fim”. Edison ressaltou que a Nova Campanha do Projeto de Ética está estimulando ainda mais a participação dos profissionais.

Durante a manhã, o professor Alípio Casali apresentou uma espécie de “aulão” sobre ética para os profissionais e estudantes que estavam presentes. De 14h às 15h30, Luciana Aguiar, do instituto Ethos de Responsabilidade Social, explicou sobre os movimentos ético-cidadãos, como o Movimento Anticorrupção e o projeto Jogos Limpos. Para encerrar, foi abordado o novo Código de Ética Profissional da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia.

O evento recebeu estudantes durante todo o dia. Para o coordenador do Crea Junior MG, Thiago Xavier Bedette Gomes, a ética é um assunto frágil, pois ainda é muito pouco discutida. “É aquilo que todo mundo diz saber do que se trata, mas quase nunca discute”. Para ele, deveria ser um assunto mais natural, uma vez que “o Sistema Confea/Crea visa proteger a sociedade dos maus profissionais”. Thiago ressalta que o curso de Engenharia de Produção que cursa não tem nenhuma disciplina que dê base sobre ética profissional.

Para o coordenador nacional dos Creas-Juniores e coordenador do Crea Junior-RR, Yuri da Silva Matos, é preciso ter a visão de que um curso de graduação “não forma apenas profissionais, forma cidadãos”. Entretanto, Yuri lembra que “o conhecimento da ética deve surgir ainda na base de vida das pessoas e não só na faculdade”. Segundo ele, tudo que foi visto e absorvido no seminário será passado depois a todos os estudantes dos Creas Juniores. Participaram ainda, representantes dos Creas Juniores de MT, GO e AM.

A estudante do 4° semestre de Engenharia Ambiental, Vanessa Duarte, elogiou a iniciativa do Confea. “Tem muita coisa que eles não falam nas aulas e que eu estou vendo aqui”. Ela esclarece que, mesmo tendo uma matéria especifica sobre ética na faculdade, geralmente o assunto não é aprofundado da maneira com ela viu no seminário.

Para o coordenador do Projeto Ética das Profissões, do Confea, a presença dos estudantes no evento é positiva.“Talvez o momento da graduação seja o momento ideal para se plantar a semente de ética profissional. O projeto pretende pelo menos amenizar a deficiência que existe em muitas escolas em que não se aplicam ensinamentos de ética”.

No entanto, não foram apenas os estudantes que tiraram proveito das exposições e explicações. A geóloga Ângela Daher declarou que ações como essa fazem com que o tema Ética fique mais envolvente para os profissionais. Ela ressalta que o assunto é importante não só para profissionais ligados ao sistema, mas para todas as outras profissões. “São práticas que devem advir desde a criação do cidadão, e no processo de graduação”.

O engenheiro civil Severino Silva assistiu ao seminário e disse ser uma novidade para ele uma divulgação de dimensão como a nova campanha de ética. “A novidade não está na existência do Código de Ética, mas sim na possibilidade de participar de um seminário que trate sobre o Código”.

Esse mesmo seminário já aconteceu no dia 10/08 em Florianopolis, SC, e está agendado para o dia 13/09 no Recife, PE.

Fernanda Fernandes
Assessoria de Comunicação do Confea

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Marcha das Margaridas alerta para situação da mulher no campo

Escrito por Fernanda Fernandes, em 18/08/2011, para Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA

Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), na última terça e quarta-feira, cerca de 45 mil pessoas de todo Brasil se reuniram, em Brasília, para a 4ª Marcha das Margaridas. O lema deste ano, “Desenvolvimento Sustentável com Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”, tem como objetivo garantir os direitos das mulheres, principalmente as que moram em zonas rurais, reivindicando por melhores condições de vida e trabalho no campo, contra a discriminação e violência.

O evento, que aconteceu também em 2000, 2003 e 2007, leva esse nome e acontece sempre no mês de agosto em memória da líder sindical, Margarida Alves, que defendia os direitos dos trabalhadores rurais. Margarida foi assassinada no dia 12 de agosto de 1983, com um tiro no rosto, em Alagoa Grande, PB.

Para a coordenadora da Câmara Especializada Agronomia do Crea-GO, a engenheira agrônoma Elíria Alves Teixeira, uma marcha como esta, além de reivindicar os direitos das trabalhadoras rurais, serve também para mostrar que aos poucos, as mulheres estão ultrapassando as barreiras e a discriminação. “A partir do momento em que as próprias mulheres entendem que são capazes, produtivas, e que têm competência para lutar por seus direitos e quebrar a discriminação, fica bem mais fácil”, afirmou Elíria. Para ela, é preciso ser feito também um trabalho de valorização da mulher e do trabalho rural que não tem sua importância reconhecida o suficiente na sociedade. A engenheira destacou ainda a importância de uma assistência técnica para uma produção sustentável, especialmente na questão dos agrotóxicos: “Uma melhora nesse sentido, uma produção sustentável, faz com eu que os alimentos cheguem às nossas mesas mais saudáveis”.

Durante estes 11 anos de caminhada das margaridas, uma das conquistas significativas foi a aposentadoria para trabalhadoras rurais aos 55 anos de idade; a emissão de documentação das mulheres que não conseguiam acesso às políticas públicas, como a Bolsa Família; a titularização na divisão da reforma agrária no nome das mulheres; a criação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Mulher, a visibilidade sobre os casos de violência e discriminação contra as mulheres, entre outras.

A lista de reivindicações apresentadas pelas trabalhadoras, nesta 4ª edição da marcha, vem sendo discutida no congresso, e possui mais de 150 itens com base em temas como biodiversidade, segurança alimentar, participação política, autonomia econômica, saúde, educação e violência.

A presidenta Dilma Rousseff, de acordo com divulgação da Agência Brasil, anunciou em encontro com a marcha, na tarde de quarta-feira, uma serie de medidas que pretende lançar até o final de 2012. Entre elas, a implantação de 16 unidades fluviais de atendimento básico de saúde na Região Norte, a instalação de dez centros de saúde do trabalhador, e a liberação de recursos para criação de dez unidades móveis de atendimento para mulheres em situação de emergência em áreas rurais e em florestas.

Marcelina Goulart, funcionária do Confea, trabalhou no campo  durante muitos anos na cidade de Cedral, no Maranhão. Segundo ela, antigamente os trabalhadores, tanto homens quanto mulheres, trabalhavam praticamente o dia todo, sem nenhuma segurança. "A gente trabalhava com facão e não tinha nenhum meio de segurança. Se cortasse o dedo, ficava sem, e não tinha médico, era remédio do mato mesmo", explicou. A respeito da Marcha das Margaridas, Marcelina declarou: "Acho muito boa essa iniciativa, pois, na minha época as mulheres que trabalhavam no campo eram esquecidas. Elas colhiam café, quebravam coco, arrancavam mandioca, faziam farinha, enfim, faziam um trabalho da roça, durante muitos anos, e completavam seus 60, 70 anos sem conseguir se aposentar".

Fernanda Fernandes
Assessoria de Comunicação do Confea
Foto: Agência Brasil

terça-feira, 29 de março de 2011

"Para o Brasil, a Copa do Mundo é hoje", afirma ministro do Esporte

Escrito por Fernanda Fernandes, em 29/03/2011, para Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal - CREA/DF

A abertura da 1ª audiência pública sobre a Copa do Mundo de 2014 aconteceu na manhã desta terça-feira, 29, em Brasília, na sede do Crea-DF. A solenidade contou com a participação do presidente do Crea-DF, engenheiro Francisco Machado; do ministro do Esporte, Orlando Silva; do vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filipelli; do senador Marcelo Crivela; do deputado federal Izalci Lucas; do secretário de Estado de Transportes do Distrito Federal, José Walter; do secretário de Estado da Cultura do Distrito Federal, Hamilton Pereira; do secretário do Estado de Assuntos Estratégicos do Distrito Federal, Nilton Lins; e do presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil, Maurício Canovas. Também estiveram presentes o presidente do Crea-MS, Tarcíso Barssan; o presidente do Crea-GO, Gerson Taguatinga; o presidente do Crea-MS, Jary Castro; e o presidente do Crea-SP, José Tadeu da Silva. Representantes dos Creas do Ceará, Minas Gerais e Rio Grande do Norte compareceram ao avento.

O presidente do Crea-DF, engenheiro Francisco Machado, explicou o motivo da audiência pública: “Ainda há dúvidas a respeito de transporte, instalações, segurança para a população e de como será aproveitado o legado pós-Copa". Logo em seguida, passou a palavra ao ministro do Esporte, Orlando Silva, que ressaltou a importância dos profissionais de Engenharia no processo de modernização da infraestrutura do Brasil. Mais de 250 pessoas compareceram à sede do Crea-DF para a abertura desta audiência pública.

Para o ministro, o grande desafio é antecipar e concluir, de forma rápida, os investimentos que, mais cedo ou mais tarde, o Brasil teria que realizar nas principais cidades do país. “O fato de ter dia e hora marcada para começar vai estimular a antecipação do investimento para melhorar nossa infraestrutura”. Ele informou que, além dos 12 estádios, existem hoje sete intervenções com construção de terminais turísticos, 54 projetos de mobilidade urbana de transporte de massa e 25 projetos em 13 aeroportos das cidades da Copa. “Temos que começar 70% dos projetos ainda em 2011”, afirmou o ministro.

Entre os fatores críticos, Orlando Silva ressaltou a qualificação profissional e sua importância para o andamento dos projetos. Ele elogiou a iniciativa do Sistema Confea/Crea e disse confiar muito no resultado de audiências públicas e iniciativas da sociedade para criticar, analisar, sugerir e ajustar a condução desse processo para o mundial. "Nós queremos que seja o melhor mundial de todos os tempos da Fifa", defendeu. A respeito da abertura da Copa, Orlando Silva mostrou-se imparcial. “Brasília, assim como Salvador, Belo Horizonte e São Paulo está no páreo para a abertura do mundial".

O ministro disse, ainda, não achar muito coerente a comparação que tem sido feita nos últimos dias entre a estrutura do Brasil e a da Africa do Sul, pois, segundo ele, cada país tem suas próprias dificuldades. Em resposta as afirmações feitas recentemente pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, respondeu aos jornalistas: “Para o governo brasileiro, a Copa não é amanhã nem depois de amanhã, é hoje", garantiu.

Representando o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, foi a vez do vice-governador, Tadeu Filippelli, dar sequencia a solenidade. Filippelli afirmou que a crise política que Brasília enfrentou nos últimos 17 meses serviu de empecilho no desenvolvimento da cidade, mas que, com as novas eleições, essa crise foi superada. O vice-governador mostrou-se otimista com relação a disputa para abertura da Copa e citou, entre as vantagens de Brasília, a estrutura planejada da cidade, o sistema de hotelaria que já está recebendo grandes investimentos e a existência de todas as embaixadas. “Para os patrocinadores, não existem diferenças. Seja em São Paulo, Rio de Janeiro ou Brasília, eles apenas querem que a abertura seja um evento de sucesso", ressaltou o vice-governador.

Em resposta, o senador Marcelo Crivela alfinetou: “Brasília é o maior monumento da criatividade de uma raça, portanto, você pode ter certeza de que a abertura na capital federal seria maravilhosa, desde que a final seja no Rio". Atualmente, o senador Marcelo Crivella preside a Frente Parlamentar pela Defesa e Valorização da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia no país.

Para finalizar, o deputado federal Izalci Lucas também mostrou expectativa com relação a Brasília ser sede para a abertura do mundial e destacou que “não estamos tratando apenas de estruturas, mas também de políticas públicas. A Copa vai contribuir muito para a estrutura do país de maneira geral", afirmou. Izalci é o deputado responsável pela Frente Parlamentar em Defesa das Profissões Regulamentadas, que reúne 28 Conselhos Profissionais. No Distrito Federal, o fórum destes conselhos, conhecido como "conselhinho", é coordenado pelo presidente do Crea-DF, engenheiro Francisco Machado.

Fonte: Jornalista Fernanda Fernandes
Assessora de Comunicação Social do Crea-DF