O Dia Nacional de Prevenção dos Acidentes de Trabalho, celebrado em 27 de julho, é, antes de mais nada, um dia para reflexão. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), os acidentes de trabalho são a causa da morte de mais de dois milhões de trabalhadores no mundo por ano, o que significa três mortes a cada minuto devido às más condições de trabalho. No Brasil, de acordo com pesquisa feita em 2008 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, são cerca de 16 mil mortes anualmente.
Para o coordenador nacional das Câmaras Especializadas de Segurança do Trabalho do Sistema Confea/Crea, José Raimundo Barnabé, esse número cresceu nos últimos anos. Um dos fatores atribuídos por ele a esse aumento são as obras preparativas para Copa de 2014 e a pressa em concluir os novos estádios. “Esse avanço para construir está deixando o trabalhador muito vulnerável à educação laboral. As recomendações de segurança não devem ser esquecidas e muito menos deixadas de lado”, afirma o engenheiro agrimensor e de segurança do trabalho.
Outro fator a ser observado e que tem colaborado com o crescente número de acidentes de trabalho no país, segundo Barnabé, é a criação do programa do Governo Federal, “Minha Casa, Minha vida”. “Não temos normas brasileiras suficientes que atendam aos anseios do Brasil. Existem hoje 35 normas regulamentadoras que só agora estão sendo mudadas e adequadas ao momento”. Para ele, é preciso chegar “lá embaixo”, nas pequenas empresas, no profissional autônomo, no pedreiro e em seu ajudante. “As empresas de grande porte normalmente têm os profissionais necessários para neutralizar os riscos de acidente com mais facilidade. São nas obras de menor porte que os acidentes mais acontecem. É preciso uma ação educativa por parte do governo brasileiro para que a segurança do trabalho seja aplicada em todas as obras”, ressalta.
A falta de educação é o maior motivo de ainda existirem tantos acidentes de trabalho no país, segundo Barnabé. “Desde a criação das normas de segurança e saúde no trabalho, em 1978, o Brasil deu um passo muito grande nesse aspecto, porém ainda é preciso crescer muito. A educação e o investimento para isso ainda não é tão grande quanto deveria ser e precisa ser melhorada”. Entretanto, mesmo a passos lentos, a melhora pode ser observada, segundo o coordenador. “As universidades e escolas especializadas estão ganhando cada vez mais força na criação de novos cursos e profissões do ramo, como, por exemplo, medicina e enfermagem do trabalho”, afirma. Ele explica que as profissões da Engenharia têm se misturado umas às outras. “Muitos profissionais com outros títulos, como, por exemplo, os engenheiros mecânicos, às vezes também são formados em Segurança do Trabalho, o que garante uma atividade mais segura”, explica Barnabé, ao falar da importância dessa formação ainda que o engenheiro não atue diretamente na área.
Dados Confea/Crea
O decreto Nº 92.530/1986 regulamenta a Lei nº 7.410, que dispõe sobre a especialização de engenheiros e arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho, a profissão de Técnico de Segurança do Trabalho, e dá outras providências.
Atualmente, existem registrados no Sistema de Informações do Confea/Crea – SIC pouco menos de 10 mil profissionais da área de Segurança do Trabalho, entre engenheiros, técnicos e tecnólogos. Segundo Barnabé, o número de profissionais da área em atuação no país é muito maior, mas muitos não chegam a se registrar no Sistema, “infelizmente”, afirma. O que ocorre é que o profissional registra sua formação (Engenharia Civil, por exemplo), se especializa em Segurança do Trabalho e depois não atualiza o registro no Crea.
Fernanda Fernandes
Assessoria de Comunicação e Marketing do Confea
Para o coordenador nacional das Câmaras Especializadas de Segurança do Trabalho do Sistema Confea/Crea, José Raimundo Barnabé, esse número cresceu nos últimos anos. Um dos fatores atribuídos por ele a esse aumento são as obras preparativas para Copa de 2014 e a pressa em concluir os novos estádios. “Esse avanço para construir está deixando o trabalhador muito vulnerável à educação laboral. As recomendações de segurança não devem ser esquecidas e muito menos deixadas de lado”, afirma o engenheiro agrimensor e de segurança do trabalho.
Outro fator a ser observado e que tem colaborado com o crescente número de acidentes de trabalho no país, segundo Barnabé, é a criação do programa do Governo Federal, “Minha Casa, Minha vida”. “Não temos normas brasileiras suficientes que atendam aos anseios do Brasil. Existem hoje 35 normas regulamentadoras que só agora estão sendo mudadas e adequadas ao momento”. Para ele, é preciso chegar “lá embaixo”, nas pequenas empresas, no profissional autônomo, no pedreiro e em seu ajudante. “As empresas de grande porte normalmente têm os profissionais necessários para neutralizar os riscos de acidente com mais facilidade. São nas obras de menor porte que os acidentes mais acontecem. É preciso uma ação educativa por parte do governo brasileiro para que a segurança do trabalho seja aplicada em todas as obras”, ressalta.
A falta de educação é o maior motivo de ainda existirem tantos acidentes de trabalho no país, segundo Barnabé. “Desde a criação das normas de segurança e saúde no trabalho, em 1978, o Brasil deu um passo muito grande nesse aspecto, porém ainda é preciso crescer muito. A educação e o investimento para isso ainda não é tão grande quanto deveria ser e precisa ser melhorada”. Entretanto, mesmo a passos lentos, a melhora pode ser observada, segundo o coordenador. “As universidades e escolas especializadas estão ganhando cada vez mais força na criação de novos cursos e profissões do ramo, como, por exemplo, medicina e enfermagem do trabalho”, afirma. Ele explica que as profissões da Engenharia têm se misturado umas às outras. “Muitos profissionais com outros títulos, como, por exemplo, os engenheiros mecânicos, às vezes também são formados em Segurança do Trabalho, o que garante uma atividade mais segura”, explica Barnabé, ao falar da importância dessa formação ainda que o engenheiro não atue diretamente na área.
Dados Confea/Crea
O decreto Nº 92.530/1986 regulamenta a Lei nº 7.410, que dispõe sobre a especialização de engenheiros e arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho, a profissão de Técnico de Segurança do Trabalho, e dá outras providências.
Atualmente, existem registrados no Sistema de Informações do Confea/Crea – SIC pouco menos de 10 mil profissionais da área de Segurança do Trabalho, entre engenheiros, técnicos e tecnólogos. Segundo Barnabé, o número de profissionais da área em atuação no país é muito maior, mas muitos não chegam a se registrar no Sistema, “infelizmente”, afirma. O que ocorre é que o profissional registra sua formação (Engenharia Civil, por exemplo), se especializa em Segurança do Trabalho e depois não atualiza o registro no Crea.
Fernanda Fernandes
Assessoria de Comunicação e Marketing do Confea