sexta-feira, 13 de abril de 2012

Conservação do solo também é responsabilidade de centros urbanos

Escrito por Fernanda Fernandes, em 13/04/2012, para Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA

Em dias em que o desenvolvimento sustentável e a preservação do meio ambiente estão cada vez mais no foco das discussões sociais, e a dois dias do Dia Nacional da Conservação do Solo - 15 de abril, muito se fala sobre diminuição de gases poluentes de efeito estufa, economia de energia e água, entre outros assuntos, e pouco se fala sobre a importância do solo, e de sua preservação. Essencial para a vida humana, é nele que são construídas moradias, plantada grande parte dos alimentos que são consumidos, além de ser abrigo para o verde que produz o oxigênio, essencial para a vida na terra.

Um dos temas mais discutidos atualmente, o desmatamento (ou desertificação) é um dos fatores que mais contribuem para a degradação do solo, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Outros fatores são o desgaste provocado por esgotamento, erosão, salinização e compactação. No geral, toda ação que modifique as caraterísticas físicas, químicas ou biológicas do solo, o degradam.

Por isso, é importante que cada vez mais os profissionais ligados ao solo – agricultores, pecuaristas, madeireiros, garimpeiros, carpinteiros, etc - conheçam bem a região em que atuam e adotem medidas para sua preservação, pois, cada região brasileira possui as suas peculiaridades e um conjunto de fatores que devem ser devidamente analisados, para que os terrenos proporcionem uma maior produtividade.

Para o engenheiro agrícola Valmor Pietsch, presidente da Associação Brasileira dos Engenheiros Agrícolas – Abeag (Integrante do Colégio de Entidades Nacionais – Cden), a população, incluindo os profissionais da Agricultura, vem se conscientizando sobre a importância da conservação do solo, porém em passos lentos. “As pessoas ainda pensam muito no hoje e não têm a consciência de preservar para as próximas gerações”, afirma.

Se engana quem pensa que, por morar em grandes centros urbanos, longe da área rural, nada tem a fazer em prol da preservação do solo. Grande parte das contaminações acontece nessas áreas, principalmente por causa de lixo e resíduos industriais descartados de maneira inadequada.

 “As pessoas também podem ajudar na preservação do solo, não impermeabilizando seu terreno, para que, quando chova, não aconteçam inundações”, exemplifica Pietsch. Ele explica que quando isso acontece, a água pluvial acaba chegando a algum riacho, provocando grandes voçorocas -  grandes buracos de erosão em solos onde a vegetação é escassa. Por sua vez, isso pode causar assoreamento de rios, fazendo-os sair de seu leito, provocando inundações de áreas mais baixas. Já os profissionais do solo podem ajudar utilizando tecnologia na prática do campo. “O uso e reuso das águas pluviais também ajudam a reduzir de forma direta ou indireta na conservação e preservação do solo”, finaliza.

Fernanda Fernandes
Assessoria de Comunicação do Confea