quinta-feira, 20 de agosto de 2015

CP, CDEN e Coordenadorias continuam reunidos

Escrito por Fernanda Fernandes, em 14/02/2012, para Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA


Acontecem hoje as eleições de novos coordenadores e coordenadores adjuntos, além da definição do calendário de reuniões, dos colegiados e das coordenadorias de câmaras especializadas. O CP está no Crea-DF, as coordenadorias estão no Centro Universitário de Brasília – Ceub e o Cden está no Confea Os conselheiros federais também se reúnem hoje em Plenária Extraordinária, no plenário do Confea.Acompanhe ao vivo.
As lideranças envolvidas nas reuniões, que seguem até quarta-feira, participaram ontem da abertura dos trabalhos da 1a Reunião dos Fóruns Consultivos do Sistema Confea/Crea. O evento foi iniciado às 14h e encerrado às 17h.


“Atualização, Modernização e Comunicação”

Resumidamente, “toda a proposta de trabalho do Sistema será essa”, afirmou José Tadeu, durante discurso de cerca de 50 minutos. Para ele, o mais importante é fortalecer o Sistema e conseqüentemente as entidades e os profissionais.  Tadeu ressaltou a importância de uma reforma na legislação do Sistema. “O Brasil de hoje é o mesmo de 1966? A gente sabe que não. O nosso Sistema está em sintonia com o Brasil de agora? Impossível”, afirmou.

O presidente atentou ainda, para o fato de a palavra Arquitetura ainda estar totalmente inserida nas resoluções, mesmo já não fazendo parte do Sistema.  Ele falou também, sobre fazer algumas correções internas funcionais, estruturais e administrativas que modernize e flexibilize o Confea/Crea. Outra mudança destacada seria a criação de uma representação de cada Crea no Plenário do Confea. “Como discutir questões do Sistema sem ter a representação de todos os estados?”, questionou.

Ao falar sobre a valorização do profissional da Engenharia e Agronomia no Brasil, Tadeu apontou o fato de cada vez mais estrangeiros estarem vindo para o país devido a defasagem da profissão. “Desde 1998 até agora, foram 150 mil profissionais estrangeiros, segundo dados do governo federal”.  Para ele, a solução não está em impedir que estrangeiros venham trabalhar no Brasil, pois o Sistema poderia, de certa forma, impedir o progresso do país, mas, sim, em estimular os profissionais brasileiros. “Temos que trazer para o mercado os novos profissionais, que estão se formando e os que estão obsoletos. Hoje em dia não existe investimento para a atualização profissional no Brasil. Precisamos aprimorar e atender as demandas do mercado e do avanço tecnológico brasileiro”.

“Este é o 1º fórum consultivo do Sistema Confea/Crea”, disse Flávio Correa, presidente do Crea-DF, ao iniciar seu discurso. Para ele, o momento é de união do Sistema e, com a aproximação de eventos como a Copa das Confederações (2013), e a Copa do Mundo (2014), “é preciso formar melhor os profissionais do Brasil, trazer os que estão afastados, e investir na educação continuada”.

Já Ricardo Nascimento, Coordenador do Cden, ressaltou a importância das entidades nacionais. “É através delas que o Sistema deve evoluir”, afirma. Entre outros assuntos, Ricardo falou sobre a ideia de criação do Cder – Colégio de Entidades Regionais - “Com certeza vamos fazer os Creas muito mais fortes” - e criticou as burocracias que o colegiado enfrenta.

Agostinho Guerreiro, atual presidente do Crea-RJ e até então coordenador do CP, falou sobre os trabalhos do Colegiado nos últimos anos. “Mesmo sendo um grupo de consultoria, temos conseguido cada vez mais dar contribuições com propostas e sugerir avanços. Tenho certeza que continuará assim”, afirmou. Otimista, disse ainda que cada gestão que se inicia é uma nova oportunidade para que avanços aconteçam. Ao falar sobre as tragédias do Rio de Janeiro, como o recente desabamento de um prédio no centro da cidade, foi curto e grosso: “Poderia ter sido evitado”. Agostinho relembrou que, há alguns anos, a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro chegou a aprovar projeto de lei que previa vistorias sistemáticas, mas, que o mesmo, foi vetado na época, pelo prefeito da cidade. “É preciso ressaltar a importância da responsabilidade técnica e das ações preventivas. Deixo esse apelo, pois isso é importante não só para o Sistema como para a sociedade brasileira de hoje e de amanhã”, finalizou.

Representando o plenário do Confea, a conselheira federal Darlene Leitão falou sobre as responsabilidades de ser conselheira. “Por sermos da área de tecnologia, cabe a nós, junto à sociedade, darmos maior segurança para que as demais profissões sejam desenvolvidas”. Sobre a gestão que se inicia, mostrou-se positiva. “Este  ano  será  um  ano  de  mudanças,  e todos temos um dever de casa a cumprir”. Darlene falou ainda sobre a legislação do Sistema. “Nossas leis estão defasadas. Temos que refletir e dar contribuições para mudar isso, especialmente neste momento de valorização profissional”.

De maneira breve, o conselheiro federal e coordenador da Comissão de Articulação Institucional do Sistema - Cais, Luiz Ary Romcy, ressaltou a dificuldade de sobrevivência das entidades de classe. “É preciso criar um grupo de fortalecimento das entidades de classe, e somos responsáveis por apoiar. Por isso faço um apelo aos presidentes de Creas”.

À frente da Comissão de Ética e Exercício Profissional, o conselheiro federal Marcos Vinicius afirmou que, este ano, a Ceep estará presente junto às coordenadorias, especialmente na criação do Manual de Fiscalização do Sistema. “Escutamos muito falar em ética, mas, ela deve ser praticada nas nossas ações de fiscalização. A Ceep vai ser parceira de todas as coordenadorias e todas as propostas serão disponibilizadas no site do Confea”, afirmou.

Nelton Baú, representando as coordenadorias de câmaras especializadas, falou sobre a importância delas para o desenvolvimento do Sistema. “São as coordenadorias que trazem os problemas da categoria, discutem e elaboram propostas para garantir o futuro dos profissionais”. Sobre a escolha dos novos coordenadores de cada câmara, cuja eleição acontece hoje, alertou: “Espero que todos tenham responsabilidade na hora de escolher seus representantes”.

Já Cláudio Calheiros, um dos diretores da Mútua, falou sobre a importância da descentralização do Sistema. “Precisamos nos fortalecer e ser realmente um Sistema, cada um fazendo seu papel”. Calheiros falou ainda sobre a necessidade de mudar a legislação. “É preciso mobilizar a base política dos estados para que aconteçam modificações. Não adianta discutir e não ter força para mudar a legislação”.

Fernanda Fernandes e Victor Araújo
Assessoria de Comunicação do Confea

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